Agência Sportlight recebe menção pelo “Dossiê Rio-2016” no “Premio Latinoamericano de Periodismo de Investigación”

Antes mesmo de completar um ano de vida, a Agência Sportlight de Jornalimo Investigativo já cruza as fronteiras do Brasil com uma importante distinção internacional. O “Dossiê Rio-2016”, série de reportagens sobre as Olimpíadas, recebeu “Menção Honrosa” no “Premio Latinoamericano de Periodismo de Investigación”, um dos principais do continente.

Organizado pelo Instituto Prensa e Sociedad e pela Transparency International, teve o premio principal conquistado pelo El Faro, de El Salvador, com “Por qué quedan impunes El 90% de las violaciones a menores”, de Maria Luz Nochez.

Tendo como fonte sempre documentos públicos, obtidos via Leia de Acesso à Informação, cartórios ou Junta Comercial, a série de reportagens “Dossiê Rio2016” revelou uma série de novos fatos relacionando a realização das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, e o uso de dinheiro público na candidatura e durante a organização, contratos com empresas ligadas a governantes envolvidos em corrupção, além de percorrer e refazer, após a análise de milhares de documentos do Itamaraty, as viagens dos dirigentes olímpicos brasileiros, envolvidos em denúncias de compras de votos, mostrando a data em que estiveram com eleitores da candidatura do Rio e a proximidade com a eleição que se mostrou conquistada com suborno.

As reportagens revelaram ainda sobre empresas offshores abertas no Panamá por dirigentes do Comitê Rio-2016 no período em que encontravam-se em vínculos de exclusividade com a organização dos jogos, além dos artifícios usados pelo presidente do Comitê Rio-2016 para driblar a Lei de Improbidade Administrativa. A série começou em janeiro de 2017 e prossegue.

A Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo estreou em 20 de dezembro, data em que também publicou sua primeira reportagem. De lá para cá foram até aqui 63 reportagens. (segue depois da ilustração abaixo)

O autor destaca receber tal honraria de um júri altamente reconhecido, formado por repórteres do mundo inteiro, com menção especial para Giannina Segnini, imensa referência e inspiração permanente para este site, sempre apta a ensinar e ajudar, e já mencionada em outras ocasiões pelo mesmo autor como a maior repórter do mundo, como em 6/12/2013, em texto publicado na ESPN, (“A Pelé de saias do jornalismo”), assim como em fala no Congresso Nacional em 22/5/2104.

E com imensa satisfação também saúda pelo prêmio os amigos Jose Luiz Sanz e Carlos Dada, do sempre inspirador El Faro, de El Salvador, que mostram ser possível fazer jornalismo de excelência mesmo que tudo ao redor diga não. E em um quadro muito mais agudo do que no Brasil, demonstram que fazer tal jornalismo de qualidade e profundidade é uma opção, uma questão de escolha e não a desculpa permanente vigente na imprensa brasileira de falta de recursos.