Carta ao Vituzinho
Vituzinho,
Escrevo essa carta com um profundo amor. Tirando força da alma.
Como quem bota uma garrafa no mar e espera que ela chegue ao destino daqui a algum tempo. No meu caso, não escrevo para que leia agora, na pureza e inocência desses oito anos de idade. Terei uma imensa alegria se souber que leu essas linhas tão simples quanto de coração dentro de uns dez anos, quando você tiver chegado lá pelos 18.
Quero que saiba duas ou três coisas sobre seu pai.
Acho que nesse longínquo 2026 você saberá que fomos muito, muito amigos. Mais do que isso: irmão em vida, irmãos que a vida fez.
Andamos juntos desde sempre, trabalhamos juntos, nos divertimos juntos, dividimos as imensas angústias de um ofício que amamos igualmente, com toda intensidade, dor e delícia.
Nesses anos todos, não houve uma semana que tivéssemos ficado sem nos falar, sem nos ver, sem brindar a vida, sem dividir as coisas. Das mais simples, as familiares de cada um, as coisas boas, o resto. Do amor por essa cidade, pelo Brasil, das dores pelos rumos das coisas. Nos últimos tempos partilhamos as mesmas angústias, essa estupefação que não quer passar por esse golpe imundo, por esse querer de alguns que outros nunca saiam da senzala, por esse ódio desses alguns porque alguns pretos passaram a dividir o saguão do aeroporto. Uma amizade tão profunda que nos fazia ter sincronia com o “filhos da puta” expressado ao fim.
Acima de tudo, falamos sempre de gente. No fundo, o que nos unia desde sempre era esse gostar de gente.
Era um ritual, almoços de tardes inteiras, ou brindes que iam até a alvorada.
Achávamos graça quando vinha chegando o sol, as pessoas saindo pra trabalhar. Riamos da imensa pretensão de naquele momento acharmos que estávamos repetindo as boemias de Vinícius, Chico, Tom. Se bem me lembro a gente falava mais até do Vinícius… Naquelas noites planejávamos fazer uma foto igual aquela histórica do Evandro Teixeira, Chico, Tom e Vinícius deitados em cima da mesa. Sempre falávamos que íamos chamar o mesmo Van Van querido, fotógrafo maior, pra repetir aquilo.
E quando apareciam os primeiros atletas da manhã, Vitu adorava repetir Antônio Maria: “nunca me deixe fazer isso”. E a gente ria. Nos últimos anos os encontros eram mais diurnos ou ao menos mais cedo. Idade, família…
Quero que você venha a saber o imenso repórter que seu pai foi. Entrava na redação e a gente brincava: “Victorino Chermont, o guerrilheiro da notícia”. Pegou, sempre alguém falava. Nesses tempos de redações assépticas que mais parecem seleção pra Malhação, tempos de conformidade, a inquietude dele era um contraste abissal, um choque com a realidade amorfa que o tempo vai desenhando muito mais ainda quando falamos de televisão.
E nesse eterno compartilhar das angústias da profissão, sobressaia o contraste entre a vontade de fazer dele e a de não fazer dos novos tempos. O paradoxo das chefias que não queriam matéria e do Vitu sempre atrás de mais. Se quisesse falar disso, não sairia mais daqui. Mandavam ele pra fazer um jogo e lá se despencava o guerrilheiro atrás de história. Mesmo sabendo que não queriam, que os tempos são assim, não é pra ter muita coisa. Basta ficar ao vivo falando quem joga e quem não joga. Não pro Vitu.
Foi dessa mesma Medellin da absurda tragédia sobre a qual muito há que se revelar ainda que em uma madrugada ele me ligou. Tava exultante. Tinha virado a cidade, entrado no meio de uma barra pesada pra ir atrás de uma história de Pablo Escobar ligada ao futebol. Mesmo sem que tivessem pedido. Mesmo sabendo que iam andar pra ela. Fazia porque precisava disso pra viver. Era um repórter de corpo e alma. Um monstro.
Mesmo ali na beira do campo, fazendo o que poderia ser o feijão com arroz, acontecia uma mágica. Quem conheceu estará rindo porque sabe do que falo. Vitu estava longe de ser um CDF daqueles tão comuns hoje que sabem quantas partidas, quantos gols, em que minuto fulano foi lançado no jogo tal…Mas quando entrava ali, não tinha pra ninguém. Era tão espantoso que um dia o Milton Leite, de quem Vitu gostava muito, um dia falou no meio da transmissão, admirado com o que via: “ali no campo quem manda é o Victorino”. E era. Não havia um jogador que não parasse pra ele, não quisesse falar com ele. Mesmo os que não falavam com ninguém, os mais difíceis. Não para o Victorino. E logo ele, o oposto do repórter boleiro. Era assim porque a transparência e o caráter jorravam. E num meio tão duro como o futebol, os jogadores sabiam exatamente porque queriam falar com ele.
Adorava um maluco. Isso também nos unia. Divertia-se com eles e no fim me olhava e falava: “isso é maluco de amarrar em três postes. Um só não basta pra ele”. E os malucos adoravam ele. Mas quem não adorava ele?
A notícia foi uma comoção. Uma comoção da rua, que era o que mais cultivávamos. Gente e rua. Uma comoção do poverello. Da gente humilde. Dos garçons, dos barraqueiros da praia, dos porteiros, dos boleiros do Jóquei…Foram eles que fizeram questão de ir dar o último adeus. Vou viver cem anos e não vou me esquecer daquela cena. Os meninos num domingo, uniformizados pra despedir. De um amigo. É claro. Acostumados a servir a quem muitas vezes nem dá bom dia, tiveram a mesma dor quando se foi aquele que queria saber de onde eram, como tava a vida, se a área deles tava tranquila, ouvir as histórias…Sabia a história de cada um deles. Daqueles invisíveis para todo mundo. Sabia a história de cada um deles. Vivia a história de cada um deles.
Não me lembro ou soube de nada parecido. Nenhuma celebridade mereceu tanta homenagem. No dia seguinte, era nome de uma bebida em um restaurante mais caro e era pintura na parede de um pé sujo. Era nome da quadra sete de tênis do Jóquei. Era nome da sala de imprensa no Flamengo. Era um canto com foto na parede da Folha Seca, na Rua do Ouvidor, onde a gente também gostava tanto de sentar pra ver o povo passar, resenhar, falar com todo mundo, resenhar com o Digão, com o Marquinho. Eu ia passando pelas ruas, nos diferentes lugares, e essa turma vinha falar do Vitu. Comovidos, tristes. Comovidamente tristes.
Tínhamos um trato. Uma promessa. Um dia iríamos fazer de novo o “Encontros Para a História”, que criamos e fizemos juntos na TV. Criamos e fizemos é uma licença poética minha. Tudo ali era Vitu, tinha a alma dele. Juntamos o impossível em programas memoráveis, e deixo a modéstia de lado exatamente porque a assinatura era dele. Juntamos os malandros com Zeca e Romário. Sempre tinham mais dois jornalistas para entrevistar e a gente ficava feliz quando convidávamos amigos queridos. Naquele dia foram o Marceu e o Janjão, nome para o apelido João Pimentel. Foi uma alegria imensa, era o primeiro. Um sucesso de audiência e repercussão que sempre seguiu. Era algo muito diferente. Veio tanta coisa. Ariano e Juninho, Zico e Ruy Castro, Pelé e Renato Aragão, Eduardo Galeano e Reinaldo, Ivo Pitanguy e Bernardinho, PC Caju e MV Bill, Neguinho da Beija Flor e Maestro Júnior, Drauzio Varela e Dr Sócrates, Toquinho e Rivelino… teve muito mais…
O programa sempre acabava com o Vitu falando: “O nosso Encontros Para a História fica por aqui”. Como essas palavras são claras em minha cabeça agora. Nunca mais será feito o “Encontros Para a História” porque ninguém pode substituir o Vitu. Mas o nosso “Encontro Para a História” não fica por aqui, irmão velho, bem sabemos. Vamos nos ver por aí.Ninguém negava um pedido pro Vitu, era ele que conseguia botar o Pelé dentro de um avião para vir gravar. Convencia o Ariano. Um dia as coisas mudaram e como cidadezinha de quinta, provinciana, um daqueles prefeitinhos que entram começou a dar pra trás. São assim por aqui, se não tem a assinatura deles, destroem o que foi feito antes, mesmo que seja grande. Mas era hora de acabar mesmo quando a gente sugeriu levar Ferreira Gular e o prefeitinho jamais ouvira falar.
O programa sempre acabava com o Vitu falando: “O nosso Encontros Para a História fica por aqui”. Como essas palavras são claras em minha cabeça agora. Nunca mais será feito o “Encontros Para a História” porque ninguém pode substituir o Vitu. Mas o nosso “Encontro Para a História” não fica por aqui, irmão velho, bem sabemos. Vamos nos ver por aí.
Podia e queria contar tanta coisa. Mas teremos tempo para que a intimidade nos aproxime e eu te conte, Vituzinho. Por agora eu queria mesmo te contar que de oito anos para cá, nosso papo tinha mudado. Não sei estimar exatamente quanto, mas posso arriscar sem medo que uns 70% da conversa era do Vitu falando de você. Dos sonhos, do que queria. Tenho certeza que quando essa garrafa chegar ao destino, não terá sido muito diferente do que ele pensou. Você tem o mesmo abraço bom do seu pai, algumas coisas muito parecidas. Iguais.
Te conto que Vitu, em tantas conversas, nunca falou de você como médico, engenheiro, jornalista ou coisa que o valha. Só falava do sonho em ver o filho gostando da vida, de gente, da rua, de que soubesse que todo mundo é igual. Várias vezes vinha contar exultante sobre alguma coisa sua. E sempre eram de mesma ordem. Nunca ouvi ele falando que achava que você seria bem sucedido financeiramente, que isso, aquilo. Seus orgulhos eram outros. Um pouco antes de tudo acontecer, não se aguentava de orgulho. Me contou três vezes a mesma história. Tinha comprado duas bolas. Iguais. Uma pra você e outra pro filho da moça que trabalhava na sua casa. Você acabou descobrindo a bola do menino. Igual a sua. Vitu gelou. Se preocupou com sua reação em ver o filho da empregada ganhando o mesmo presente. E você sorriu e se alegrou com o menino ganhando uma bola igual a sua. Falou isso pra ele. Era demais pra ele ver que tudo o que sonhara ia tomando forma.
Te conto que Vitu, em tantas conversas, nunca falou de você como médico, engenheiro, jornalista ou coisa que o valha. Só falava do sonho em ver o filho gostando da vida, de gente, da rua, de que soubesse que todo mundo é igual.Era isso que Vitu sonhou pra você. Só isso. Um cara do bem. Vejo que não tem erro. Não tem como essa fruta cair longe do pé. Teu avô, Dr Victorino Chermont como vocês dois, grande como vocês dois, me contou que sentia a urgência que o filho tinha em ficar contigo. Parecia saber. Me calei. Achava isso também. Não contei pro seu avô dos nossos papos, de como ele falava que só queria te ver crescer, estar contigo. Agora entendo essa urgência.
Acho que alguns dos dias mais felizes que passou foi quando vocês dois sumiram. Foram pra casa do Jorge Roberto Martins, jornalista, poeta, alma mais do bem impossível. Ia ficar dois dias em Paquetá. Ficaram as férias inteira. Vitu me ligou tantas vezes de lá. Pra contar que você tava andando de bicicleta sozinho pelas ruas, pra contar que você andava descalço por aí, pra contar que você jogava bola com os filhos dos pescadores.
O Birigui, teu irmão de vida também, da turma da praia (eram tantas coisas que tínhamos em comum, a profissão, os mesmos amigos da turma de praia), enfim, o Birigui me falou nesses dias que vai pedir pra Lu e pro seus avós pra que a gente possa te levar pra escolinha do Paulinho Pereira, o Paulinho da Zeca, ex-lateral do Vasco, morador da Cruzada São Sebastião, que faz um trabalho lindo. As crianças da comunidade tem bolsa e os do asfalto pagam. Se misturam na areia. Ainda que só até a hora do apito, ali convivem. Falamos que Vitu ia gostar muito disso, é tudo o que quer pra você. Viver a diversidade, comungar. Combinamos que os amigos mais chegados vão fazer um revezamento pra te buscar e levar. Vai todo mundo entrar na roda e ele vai rir da gente. Birigui, Beto, Caíco, Luquinha, Pedrinho, Ligo, Meira, tá todo mundo escalado. Mal posso ver você correndo atrás da bola naquela areia com aqueles meninos de canela russa como dizia o Darcy. A vida de Vitu será plena então.
Tanta coisa pra dizer, tanta coisa pra te contar. Teu pai era daqueles que, ao contrário de tantos, se aproximava e abraçava na hora em que todo mundo some. Pagou por isso várias vezes. Mesmo por mim. Pagou por sermos tão próximos. Como sempre foi meio montanha russa pra mim mesmo, em algum momento chegava o limite. Mesmo quando tava tudo bem demais. O jogo mudava. Apagava a luz para esse negócio de querer contar histórias da profissão, de fustigar o andar de cima. Falei um pouco disso no texto de apresentação disso aqui. Pelos anos de praia, aprendi a ver os ventos. Sei que quando a chuva vai chegar é vento sudoeste. E que os biguás começam a rodar em círculo. Mais uma vez chegava o vento sudoeste na minha vida. No fundo achava e ainda acho graça, sabendo que é inerente a uma opção de encarar a profissão e a vida. Um dia com calma vou te contar essa história toda. E o Vitu, meu irmão de fé, ouviu o que não queriam: por um descuido alheio, ouviu em um hall de hotel na África do Sul quando a cabeça do amigo era pedida por poderosos. Por poderes. Isso ainda acontece muito e poucos sabem. Falam das nossas instituições funcionando…A nossa democracia…Passou no purgatório pela coragem que teve em levar adiante, em não se calar. Pelo testemunho fraterno.
E quando tantos sumiram, mais uma vez ele se fez presente. Deu a cara. Pagou por isso. Vamos voltar pras coisas boas mas um dia te conto. E conto essa história. Pulo essa parte só te contando que quando as coisas aconteceram agora na Colômbia, um daqueles algozes apareceu contrito no ar, falando da amizade que tinham. Torci mesmo pra não cruzar por aí esses dias. A sordidez tem limite. Mas depois ri da pequeneza. Passou. Acho. Vitu achava graça quando eu dava meus defeitos. Logo ele, que nunca deu defeito com nada, com ninguém. Talvez por isso achasse graça.
Aliás, minto. Vi nesses anos todos o Vitu dar defeito uma só vez. Foi quando encontramos a Alice, irmã que tanto amava, que era tão presente na vida dele, ao lado de um rapaz. Apresentou o rapaz ao Vitu como namorado dela. Vitu, irmão ciumento, deu defeito como nunca vi, queria saber quem era, falou duro com o rapaz. Ri demais com aquilo, ria e ele não achou graça nenhuma.
Nos falamos na véspera da viagem. Vitu tava exultante. Você tinha ganho o campeonato de futebol no clube. Acho que me contou isso umas três vezes. Me falava que já tinha visto Copa, Libertadores, mas que perdeu a linha mesmo nos minutos finais do seu jogo. Nunca tinha ficado tão nervoso por futebol. Foi você também que fez Vitu voltar pra arquibancada. A gente falava muito sobre isso. O laço de identidade e memória que se funde no abraço da arquibancada. Eu falava sobre o que era a memória de subir a rampa do Maracanã com o pai, a força disso. Vitu me contava passo a passo também do ritual. Por isso, tirou do armário a rubro-negra e vocês subiram juntos algumas vezes. Tava muito feliz com isso também. Alguns falaram que ele não devia ir ao jogo vestido de Flamengo por causa do trabalho. Lembrei da resposta: “tanta gente roubando por aí em Brasília e não falam nada, tanto fdp e eu não posso ir ao Maracanã com meu filho de camisa do meu time”?
Comecei isso aqui e não sei acabar, Vituzinho. Acho mesmo que é porque não quero acabar. Porque não acabou. Prossegue em você esse mesmo sentido da vida, esse bem querer, essa fome de viver, essa sede de justiça, esse amor pelo próximo. Esse mesmo nome.
só não faço minhas todas essas palavras porque escrever como o Lúcio é impossível. Fico feliz de ter convivido com o Vitu por mais de 20 anos. E tê-lo como parceiro. Ele gritava: “Fariaaaa”.
Sensacional e emocionante, Lúcio. Vc honra a profissão e infelizmente hj é minoria… Com td que tá acontecendo, entendemos pq não é msm? Forte abraço e parabéns pela amizade!
camarada, que beleza! como dizem os iorubás, tem gente viva que já morreu e tem gente que morreu que continua viva nas celebrações da comunidade.
Nossa, que belo texto, que bela homenagem.
Emocionado.
Obrigado pela leitura. Tutu faz muita falta irmão.
Bj
Vituzinho, Lúcio, meus amigos, meus filhos, almas de excelência, choro e sorriso, vida. Amo vocês.
Impossível não se emocionar. Parabéns, Lúcio. Vitu era exatamente isso.
Rmp,sou vascaíno mas sou fanzaço seu! Grande abraço!
Mandou bem , lúcio!!
Demais!! Chorei aqui!!
bom…meu deus…que lindo…indescritível…que sensibilidade…lúcio vc é um cara muito especial..isso me emocionou muito…sem mais palavras…desnecessário…
Lindo texto, amigo Lucio. É como você mencionou…. há tantas histórias que poderia ter escrito um livro. Saudades dele. Muita. Obrigado pelas palavras que colocou nesta “mensagem de garrafa”. Vituzinho sentirá muito orgulho por está homenagem. Um beijo, Raulzinho.
Maravilhoso texto, Lúcio. Sou se fã e era do Chermont. Dois excelentes profissionais! Muita luz pra você nesse momento da vida.
Estupendo texto. Quem subiu a rampa do Maracanã com o Pai, como eu fiz com o Seu Dino, se emociona demais…
Que texto legal, Lúcio. E que inveja (boa) de não ter conhecido o Vitú tanto como tu conheceste. Abraço!
Lindo texto, Lucio. Tive alguns poucos momentos fora do trabalho com Vitu, mas sempre carinhosos e com a atenção especial que ele sempre tinha.
Um grande abraço
Que lindo, Lúcio. Ele vive em vc, na amizade e irmandadeque vcs cultivaram. Um beijo
Belíssimo texto, Lucio vc é um craque e sempre te admirei, não sei pq vc não está na Fox por exemplo ou no esporte interativo
Chorando… Chorando… Vitu era conhecido de todos inclusive daqueles que nunca o viram pessoalmente como eu. Profissional e agora lendo esse texto, vejo que um amigo impecável também. Força Vituzinho
Olá Lúcio. Lindo depoimento. Sou Rodrigo Tupinambá, professor do Clube Militar. É lá que o Vituzinho ganhou o tal campeonato. Vitu estava na arquibancada muito emocionado, ele era um entusiasta do Chutebol, nossa escolinha. Te repasso o link de uma postagem que fiz para deixar registrados os momentos daquele jogo: uma foto na qual o jogo final termina e o Vitu abraça um pai amigo na arquibancada; um vídeo no qual ele aparece , de azul (no mesmo jogo) torcendo muito; e por fim, já após a tragédia, o Vituzinho ganhando o prêmio de melhor goleiro no campeonato do fim de semana a seguinte. O texto que acompanha este material é de um pai de outro aluno, que havia me mandado, muito comovido (como todos nós) com os acontecimentos.
Senti, de alguma maneira, que não podia guardar aquele material comigo. O Vitu era realmente um cara especial e muito querido.
http://www.projetochutebol.com.br/2016/12/um-sonho.html?m=1
Um abraço
Lúcio, você perfeito somo sempre. Vitu, inesquecível. Ah a vida…….
Simplesmente fantástico, digno do homenageado e digno da capacidade de Lúcio de Castro
Tudo muito bem feito, tudo muito lindo, tudo muito Lúcio e de Castro
Parabéns novamente Lúcio, Emocionante…
Um sorriso no canto da boca e uma lágrima fujona.
Obrigado Lúcio.
Bravo, Lucião! Caras que nem você e Vitu fazem muita falta no jornalismo asséptico que estão construindo na TV. Eu, que tenho 27 anos, posso dizer que caras que nem você e Trajano, por exemplo, ajudaram a me formar como gente, acima de tudo. Força no trabalho, que você siga passando esse trator de humanidade e pé descalço que a gente gosta nos penteados que não transpiram da TV hoje em dia. Vitu será sempre lembrado!
Lindissimo ele mereceu era uma graça de pessoa. Que esteja descansando no colo de DEUS
Linda amizade e belíssimo texto. Bjs Lucio e Vituzinho
Parabéns lúcio. Conhecia o Vitorino só da minha sala! Senti sua perda assim como a do Mario como se fossem um amigo! Apesar de flamenguista ele dava sorte e tinha uma queda pelo meu Galo!
Parabéns, Lúcio.
Texto lindo!
Fã de vocês sempre!
Texto incrível!
De arrepiar!
Que bom que podemos ter você aqui, Lúcio! Me identifiquei na parte em que se chamavam de “Filho da puta”. Tenho esse mesmo ritual com meu melhor amigo.
Forte abraço e muita força!
Só posso escrever duas palavras: Obrigado, Lucio!
Eu ri. E chorei. Tive a sorte de desfrutar alguns momentos com vocês. E isso era sempre mais do que uma alegria: era uma honra.
Obrigado, Lucio. A parceria de vocês foi um encontro para a história. História linda.
Lúcio! Vc é grande! Teu coração é enorme, tuas palavras gigantescas! Lindo e emocionante texto! Obrigado Amigo! Vituzinho é nosso!! Forte abraço!
Mais um excelente texto para conta! Esse a alma repleta de sentimentos. Abraço do fã que sente muito a falta dos seu comentários na TV, mas agora me contendo por aqui. Boa sorte na empreitada!
Emocionante. A vida é arte do encontro. Ele sempre viverá dentro de cada um que jamais o esquecerá.
Maravilhosas palavras.
Lucio. Obrigado pelo fantástico texto. Na verdade, uma lição de humanidade. Eu precisa ler esse texto. Definitivamente. A garrafa chegou bem antes para mim. Espero que chegue no destinatário que é o centro da sua emoção.
Parabéns Lúcio, belíssimas palavras e tenho certeza que quando o menino ler isso um dia, ficará muito feliz por saber que o sei pera tão querido.
Lúcio, muito obrigado por ainda resistir e insistir em nos emocionar.
Obrigado pela gentil citação. Obrigado pelo belo texto. Obrigado por reavivar a memória de um amigo tão querido. Abração, amigo.
Grande ABS a todos ai
😂
Lindas palavras, Lúcio. Vituzinho saberá bem, por esse e outros relatos, o quão especial foi o pai dele. Um cara de hábitos simples e conhecimento elaborado. Orgulho para os seus colegas jornalistas! Abração
Saudades desse cara…o melhor no que fazia.
Obrigada Lúcio pelas belas e dignas palavras deixadas como homenagem ao meu querido sobrinho Vitu.
Grande Lúcio de Castro! Saudades dos seus textos, dá sua opinião forte e tenho saudades desse Viturino que acabei de conhecer por você. É muita dor….
Por umas duas ou três vezes tive a sorte de dividir essa mesa com vocês… A imagem que vai ficar do Vitu pra mim é exatamente essa que vc escreveu: ele oferecendo grandes histórias e a chefia pedindo vivo, standup, boleirices… Ele fazia o vivo, o standup, as boleirices e ainda trazia a grande história. Um baita cara…
Lúcio querido, que bom poder interagir novamente com você. Que texto lindo esse, que linda história de amor e irmandade essa de vocês dois. Que perda foi essa cara?
Muito bom, parabéns pelo texto, com sua marca registrada.
Lindo depoimento. Sou seu fã Lucio.
Lucio, emocionante!
Lúcio, querido:
Neste Natal, em que a saudade, embora banhada pela Fé, se torna mais pungente, o seu texto como que nos traz o Vitu de volta. Você foi verdadeiramente um irmão para ele. E, por isso, lhe somos imensamente gratos e você sempre será para nós uma viva e terna lembrança dele.
Lúcio de Castro que coisa linda esse texto. Escrito pela sua alma externalizando todo seu amor, carinho e admiração por seu grande e fraterno amigo Vitu. De onde ele estiver certamente estará sorrindo ao lembrar das memórias expostas nessa narrativa.
No meio de tanta mediocridade, Lúcio nos brinda com essa declaração de amor. Vituzinho agora tem uma grande responsabilidade: a obrigação de ser Feliz.
Lúcio, meu caro!
Que texto! Que coisa mais linda!
Lindo texto, Lucio! Impossível não se emocionar e rir com seu texto e com a precisa descrição que você fez do nosso querido Vitu. Forte abraço, amigo.
Pode parcer contraditório mas as lágrimas que derramei após o ponto final do teu texto foram um grande presente de Natal. Teu ao teu amigo. Aos teus amigos. Aos teus leitores. Lúcio, nosso guerrilheiro, tal qual o poeta, não precisava ser “muderno” porque é eterno.
Por momentos, senti a presença do Vitu à mesa do Villarino recontando as histórias da Bossa Nova com o realismo da partida que houvera coberto no dia anterior. Grande Vitu. Seu texto, Lucio, carregado de emoção, reaviva a imagem de um cara com quem eu gostaria de ter convivido um pouco mais. Perdi.
Simplesmente emocionante. Parabéns Lúcio.
Parabéns Lucio, não entendo porque vc saiu do bate bola, como sou do interior da Bahia, não acompanhei o txrabalho do vitu, mas pelo pouco que vi na Fox era um ótimo profissional e uma ótima pessoa, apesar de ser flamenguista. Muito bom saber que vc voltou a ativa para todo o Brasil através desse site. Espero ansioso pela próxima opinião ou reportagem!!! Obrigado
Lucio, é isso! Quantos treinos cobrimos juntos, quantas esperas de horas pelo boleiro da vez para a descartável coletiva… eu, forasteiro no Rio de Janeiro, encontrava no Vitu sempre palavras de coragem e ânimo. Obrigado por me emocionar Lucio! Xero no coração!
Linda homenagem. Que texto brilhante, mesmo que doloroso, Lúcio. Feliz Natal pra você.
Incrível texto! E exaltação de uma vida que se foi, mas fica em memória.
Absolutamente emocionante
Que linda homenagem!!
Coisa linda! Obrigada por me fazer ler esse texto na manhã de natal. Siga sempre ao lado desse menino.
Como você faz falta na Tv.
Obrigado por montar esse site,você Lúcio é do tipo do cara que ajuda e forma seres humanos com muita qualidade através das suas palavras.
A inteligência do homem é ele ser humilde.
Te agradeço por voltar para trincheira.
Forte abraço
Emocionante
Lindo,Lúcio. Maravilhosamente linda, a amizade.
O fã de futebol enxergava no Vitorino muito mais do que um repórter esportivo como tantos outros. Por alguma razão, ele passava uma mensagem de amizade ao telespectador quando estava no ar. Era um camarada que passa as atualizações necessárias, sem bombardeio de informação, para um amigo mais desavisado que está do outro lado da TV. Com todo o profissionalismo, é claro.
Parabéns pelo belo texto, Lúcio.
Um texto que sintetiza a amizade em amor.
Lúcio, faz alguns anos que eu o conheci participando de um “timaço”: você, Trajano, Kfouri.
Jornalistas na mais ampla acepção da palavra. O Chermont eu assistia esporadicamente em outra emissora.
No entanto, por seu talento como grande escritor que é, passei a lamentar não tê-lo conhecido há mais tempo. Você traçou o perfil de seu amigo de uma maneira tão sensível e respeitosa que nos emocionou sobremaneira.
Infelizmente, jornalistas como vocês, hoje em dia, é uma raridade.
Obrigado pelo esplêndido texto: uma aula do bem escrever!
Um grande,afetuoso e solidário abraço.
Que coisa maravilhosa pra alma ler um texto desse.
Obrigado, Lúcio e Vitu.
Te vi uma vez, tinhas perdido as chaves do carro em frente a pizzaria Guanabara…Mesmo diante dá situação você parou de procurar me deu um abraço e tirou uma foto…Depois tentei achar contigo… Não achamos mas ganhei meu dia… Faltam Lúcios no mundo, faltam Vitus, Chicos, Trajanos, Flavios…
Genial.
Obrigado!
Lindo demais, Lúcio! Impossível não se emocionar…
Que Deus conforte o coração de toda a família do Vitu, em especial de seu filho, e que vocês continuem a contar as suas histórias para que ele seja cada dia mais eternizado.
Saudades, Vitu!
Chorei emocionado lendo teu texto. Que orgulho senti. Sei bem o que sofre um jornalista que não se deixa corromper. Parabéns, camarada! Que Vituzinho conte com esses amigos para sempre. Abração deste velho reporteiro.
Lindo e emocionante texto!!!
preciosidade que Vituzinho guardará para o resto da vida: uma carta. Coisa mais linda.
Linda carta, terminei de ler com os olhos cheio d’água. Parabéns Lucio….
Vitu, um parceiro que você me deu, Lúcio! Está fazendo alguém rir agora, com certeza. O Vituzinho terá a todos aqueles que o pai cativou. Ele sabia fazer isso muito bem…
Linda ode à amizade e à vida… me sinto como se tivesse conhecido o Vitu, a quem gostava e considerava um excelente profissional, tirante o humor que sempre permeava suas participações. Belo texto, mestre, em um mundo de corações petrificados, sempre vale ler alguém “gente como a gente”
Emocionado
Lúcio vc é gigante!!!
Belíssima homenagem ao Chermont, estou enxugando as lágrimas aqui. Lúcio de Castro é um daqueles que ao ler você ainda alimenta a esperança de que o ser humano tem jeito, mas é preciso muita paciência, abnegação, compaixão e amor.
Lucinho, não conheci o Vitu. Infelizmente. Mas pelo que vc escreveu, passei da consternação a fã. Obrigada por ter me dado essa oportunidade. bjs.
Amizade é isso. Eterna.
Salve Vitú, Vituzinho, salve Lúcio! Precisamos beber!
Que saudade do querido Vitu, que linda carta, meu irmão!
Sensacional…
Texto sensível e tocante! Parabéns Lúcio de Castro.
Que lindeza de carta. ❤
Lindo, lindo, lindo!
Coisa linda, Lucião! Nessa minha vida carioca, sinto que tive sorte em conhecer (bem) pessoas tão boas como o PJ e o Vitu. A saudade dói demais. Mas o Vitu (generoso que era) me deu uma lição. “Pensa como no tenis. Só no ponto. Depois vem o game e por fim o ser. ”
Um dia desses vem o fim do jogo e essa dor vira cicatriz. Tomara.
*set
Maravilhoso, Lúcio. Saudades de tudo.
Parabéns Lúcio, estou aqui tentando conter as lágrimas, fiquei muito abalado com tudo o que ocorreu, sempre acompanhei o trabalho de todos os que infelizmente perderam a vida.
Abraço!
Parabéns pelo texto Lucio, além do Victorino, você homenageou a todos nós com seu texto sincero e emocionante. A amizade entre vocês não começou aqui e nem terminou aqui, pode ter certeza.
Parabéns pelo texto. Pura poesia e amor!
Lindo texto meu amigo.
Vitu é sem igual.
Texto maravilhoso.
Obrigada por descrevê-lo.
Bj
Que texto maravilhoso. Me fazendo chorar a esta hora da manhã. Uma benção e um orgulho poder ter vivido essa amizade.
Meu Deus, que texto!!!!!!!!!!!!!! Sensacional!!!
Emocionante!
Tirando a parte política, no qual discordo em boa parte, parabéns pelo texto Lucio.
Que bom ter lido esta homenagem somente agora. Se fosse há alguns meses, não conseguiria ter chegado ao final. Eu estava na arquibancada do Clube Militar assistindo, com meu queridíssimo genro, a vitória de meu neto, Vituzinho. Quase caímos da arquibancada abraçados exultantes de alegria, o que teria sido uma benção, pois quebrado ele não viajaria. Mas o destino estava traçado. Gostaria mesmo de me encontrar com você, Lúcio. Creio que seria muito bom para nós dois e, principalmente, para o Vituzinho.
Que texto lindo e emocionante. Três anos depois, msm não sendo a primeira leitura dele, continua forte, pq é real e há verdade mt evidente em cada palavra dele.
O melhor repórter que trabalhei e grande amigo que fiz .
Saudades eternas desse ser humano especial
Parabéns pelo texto Lucio
Lúcio, não te conheço pessoalmente, mas te cumprimentei pelas de ruas de Lima após a final e parabenizei pelo trabalho. Hoje, depois de ler esse texto sensacional, te parabenizo mais uma vez pelo amor pela profissão, pelos amigos e pela vida. Você é gigante, assim como “Vitu” foi. Forte abraço!
sorte poder reler esse texto depois de curtir mais um “mmdqf”. essa memória continua muito viva. e, lembro-me, feliz e triste, do meu mundo caindo diante das revelações q vcs faziam madrugadas adentro. saudades
Voltei aqui (já tinha lido) porque vc lembrou deste texto recentemente no MUITO MAIS DO QUE FUTEBOL. Reli. Em uma palavra: Emocionante !!! Lucio vc é um monstro.
Amor! Um texto quando escrito com Amor brilha, emociona. Obrigado LÚCIO. Lindo texto amigo! #VictorinoEterno (De Ourinhos-SP)
Meu caro Lúcio, a intimidade você nos concede com seu trabalho, textos maravilhosos e sinceridade. Não a toa que a vida uniu em amizade e profissão o Vitu a você . Obrigado Jornalista LUCIO DE CASTRO que nos reportou este grande amor que você tem . Saúde e vida.