Pare. Olhe. Clique no documento abaixo. Descubra quem fiscalizava a verba do Ministério para Coaracy!
Pare. Olhe. Clique na imagem. É isso mesmo que você está vendo. Ou não acreditou ainda? Sabe quem fiscalizava o andamento de um convênio do Ministério do Esporte com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA)? Sim: a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), então presidida por Ary Graça, atual presidente da FIVB. Cuja gestão foi protagonista da série de reportagens do “Dossiê Vôlei”, cujos fatos foram confirmados e ampliados pela Controladoria Geral da União (CGU).
Mostramos isso já em 8 de agosto de 2014, na seguinte história: “Família de Ary Graça faturou com negócios da CBV e da natação”. Mas é impossível não voltar nisso agora, quando Coaracy Nunes está preso pela malversação de verba…dos convênios com o Ministério do Esporte! Não sei se voltamos aqui como piada ou tragédia.
O convênio em questão, o 760939/2011, de número interno 064413/2011, tinha valor total de R$ 1.215.073,49 (um milhão, duzentos e quinze mil, setenta e três reais e quarenta e nove centavos). E como objeto “Aquisição de equipamentos esportivos específicos para a modalidade saltos ornamentais para equipar centros de treinamento da CBDA visando a preparação para as Olimpíadas Rio 2016”.
Na ocasião, a reportagem descobriu a pérola: A CBV fiscalizava um convênio da CBDA! E isso estava na lei. É isso mesmo de novo: de acordo com o “Manual de Convênios” do Ministério do Esporte, os acordos, além de acompanhados por área técnica do próprio ministério, deviam conter, por parte do beneficiado a indicação de “responsável pelo acompanhamento e fiscalização”, como indicava o item 13.1. Assim, a CBDA indicou a CBV. A intenção, de acordo com o ministério, era o “incremento da rede de controle social”. Além de tal controle, existem os próprios do Ministério. Como se sabem, deficientes. A reportagem procurou o Ministério do Esporte na ocasião para saber sobre o método de fiscalização que permite por exemplo a CBV fiscalizar a CBDA. Ary Graça fiscalizando Coaracy Nunes. Era 2014 e o ministério afirmou que desde o último ano (então 2013) tal “ideia” foi abolida do edital de convênio.
Era isso mesmo. Ary Graça fiscalizava os milhões que Coaracy ganhava. Em outro convênio, mostramos que, por sua vez, Ary Graça tinha um convênio fiscalizado por “Zezinho de Saquarema”. E assim por diante. Dá pra imaginar o que teve por aí…Ou talvez nem dê pra imaginar… Agora, muito entre nós: ninguém pode reclamar de tédio ou falta de criatividade nesse país. Nem o melhor autor de novela, ficção, teatro do absurdo, realismo fantástico ou o que valha, seria capaz de pensar algo tão inacreditável assim.
Por isso tudo, recomendo e peço o favor de que leia nesta Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo: “O esporte brasileiro tem que acabar”.
Mais uma excelente contribuição do companheiro Lúcio de Castro no esclarecimento sobre a imundice que se tornou a gestão do esporte no Brasil.
Corrupção nas entidades de administração do esporte. corrupção no Judiciário, corrupção nos Parlamentos Federal, Estaduais e Municipais, corrupção em diversas instituições e segmentos.
Explica aí Dr. House:
http://3.bp.blogspot.com/-k8o53luW-Jg/U9ZH_ZHoL2I/AAAAAAAAOuI/vWZYDny7vcY/s1600/house+capitalismo.jpg
Excelente Lúcio!!! É da mais poderosa de todas, a CBF, não tem nada? E a investigação do setor de registros, chefiada por um mesmo sobrenome da Rede Globo, acabou depois que removeram o delegado?