A devastadora investigação que aponta a evolução patrimonial de Carlos Arthur Nuzman
Oexercício profissional diário não era visto. Vivia do que?
Como tinha patrimônio tão grande e tão alto padrão de vida?
Como morava numa mansão tão suntuosa?
Essas e muitas outras questões sempre povoaram o entorno de Carlos Arthur Nuzman. E podem estar começando a serem respondidas, como mostra a Força Tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. A investigação é devastadora. De quebra, ainda tem uma definição que talvez seja a que melhor retrate o que foram os jogos olímpicos do Rio e seus dirigentes:
“Membros do engendro criminoso agiram articuladamente, de forma organizada e com divisão (ainda que informal) de tarefas, em busca do objetivo comum: buscar meios para atrair investimentos para o Rio de Janeiro e, com isso, a possibilidade de, de um lado,
beneficiar os “amigos da Corte” com contratos públicos vantajosos e, de outro, que esses mesmos agentes privados pagar vantagens indevidas (propinas) aos agentes públicos”.
E completam com a devastadora investigação sobre a evolução patrimonial de Nuzman. É fundamental ressaltar aqui: os dez anos aos quais se detém a investigação, são fundamentalmente os mesmos anos onde o volume de dinheiro público injetado no esporte cresceu vertiginosamente. A partir da realização do Pan.
“Nos últimos 10 dos 22 anos de presidência do COB, CARLOS NUZMAN ampliou seu patrimônio em 457%, não havendo indicação clara de seus rendimentos. E, conforme a seguir narrado, em situação de permanência, CARLOS NUZMAN mantinha oculto parte de seu patrimônio na Suíça. Nesta grande “jogada”, o planejamento e execução da vinda dos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro – a todo custo – foi uma das melhores estratégias de capitalização financeira e política para a organização criminosa chefiada por SÉRGIO CABRAL, que pôde multiplicar as possibilidades de ganhos ilícitos com a realização de obras e com os contratos de serviços firmados com outros membros da organização, sempre mediante pagamento de expressivas quantias de propinas aos agentes políticos. Tudo a demonstrar que todos os membros do engendro
criminoso agiram articuladamente, de forma organizada e com divisão (ainda que informal) de tarefas, em busca do objetivo comum: buscar meios para atrair investimentos para o Rio de Janeiro e, com isso, a possibilidade de, de um lado, beneficiar os “amigos da Corte” com contratos públicos vantajosos e, de outro, que esses mesmos agentes privados pagar vantagens indevidas (propinas) aos agentes públicos”.
Parabéns, Lúcio, sempre lúcido em seus comentários. Que falta você, seu faro investigativo e sua alegria no nosso dia-a-dia. Mas sinceramente nenhuma emissora merece seu talento, assim como do grande Zé Trajano.
Parabéns lucio, continua brilhante!!!!!
Lúcio de Castro, acompanho seu trabalho há muitos anos. Pela correria da vida não consigo ler tanto do seu trabalho quanto queria. Sei que é muito triste para o nosso país termos dirigentes desse naipe, mas pode comemorar, você tem clara importância nessa limpa que vem ocorrendo no COB. Parabéns. Admiro o seu trabalho e te imploro que não desistas nunca! Só me resta dizer uma coisa: Muito Obrigado!
Lúcio, parabéns pelo grande trabalho jornalístico.
Gostaria de sua opinião: é só a mim ou também a você incomoda o tom meio sensacionalista / midiático usado pelos procuradores do MPF na entrevista sobre a prisão do Nuzman? Será que cabe a uma procuradora fazer frases de efeito sobre ouro, medalhas, etc., para sair em todos os jornais e sites? Acho isso uma grave distorção, independentemente da natureza dos crimes cometidos pelo cidadão em questão.
Grande abraço,
Francisco Gomes (Vitória – ES)