Arquivo diário: outubro 18, 2017
Seria cômico não fosse trágico e retrato cruel de impunidade no andar de cima. Até aqui, todos os passos dos advogados de Carlos Arthur Nuzman anunciavam como linha de defesa a inimputabilidade dos fatos que pesam contra o cliente por caracterizarem “corrupção privada” e portanto não serem crime previsto na legislação brasileira. No entanto, a denúncia da Força Tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal-RJ (MPF-RJ) apresentada hoje, caso venha a prosperar e depois julgada procedente, tem dois pontos demolidores contra tal estratégia: o enquadramento do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Comitê Rio-2016 (assim como Leonardo Gryner) na “condição de servidor público por equiparação” e ainda um outro aspecto salientado na peça de acusação: “a conduta de solicitar, aceitar promessa e receber vantagem indevida para outrem”.
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Acabou o mistério. Nuzman usou o mesmo doleiro que Ricardo Teixeira usava para efetuar os pagamentos a Lamine Diack referentes as compras dos votos que garantiram o Rio como sede das Olimpíadas de 2016. É o que está na denúncia apresentada hoje pelo Ministério Público Federal contra Sérgio Cabral, Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner e ainda incluem Lamine Diack e Papa Diack.
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Uma revolução nos mecanismos de controle e punição de malfeitos das entidades esportivas pode estar nascendo na nova denúncia, publicada na manhã de hoje pelo Ministério Público Federal-RJ contra Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner, dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB e Comitê Rio-2016. Amparada na ampla demonstração de uso de recursos públicos, a peça afirma que o caso não pode ser enquadrado como “corrupção privada”. Uma jurisprudência que pode mudar o esporte brasileiro.
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A história olímpica nunca mais poderá ser contada sem um grande capítulo destinado ao Rio-2016. Não pela bela festa de abertura ou pelos feitos de Usain Bolt. Mas sim pela porta dos fundos. Coberta de uma mancha de corrupção.
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