Impunidade verde-oliva: mais de uma década depois, escândalo de milhões desviados termina sem nenhum general punido
Nenhum general punido.
Quase duas longas décadas depois de eclodir um dos maiores escândalos de corrupção envolvendo o exército brasileiro, o Superior Tribunal Militar (STM) bateu o martelo.
No último dia 12 de abril, cinco militares foram condenados: dois coroneis (Paulo Roberto Dias Morales e Cláudio Vinícius Costa Rodrigues), um tenente-coronel (Ronald Vieira do Nascimento), um capitão (Márcio Vancler Augusto Geraldo) e um major (Washington Luiz de Paula). Participantes do esquema, os empresários Marcelo Cavalheiro e Edson Lousa Filho também receberam condenações.
O general que respondia pelo setor onde ocorreram as fraudes, Rubens Silveira Brochado, não foi sequer julgado. Parte da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da Justiça Militar, citado como responsável pelo setor das fraudes, já em setembro de 2013 teve sua condição de réu negada pelo STM, que justificou assim a não inclusão do comandante na ação: “a prova material e os indícios de autoria colacionados ao procedimento investigatório… não apresentam indícios concretos que justifiquem a intervenção penal com relação ao general… por suposta prática de crime de falsidade ideológica”.
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