Reportagens Destaque

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Amigos do Rei (parte 3) – “Organização criminosa”: saiba o que dizem inquéritos sobre o Porto de Santos arquivados há décadas. E o poder de um “personagem oculto”

É num arquivo morto na 5ª Delegacia Seccional Leste da Capital, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, que há mais de uma década repousam segredos capazes de abalar a república. Uma trama de poder, golpes, guerras entre acionistas, falsificação de documentos, medo, silêncio da imprensa, um doleiro misterioso, lavagem de dinheiro, denúncias arquivadas e leis desrespeitadas. Um roteiro digno de estar em uma série da Netflix. Mas é vida real. Brasil. E nunca foi contado. Ao longo de todos esses anos tais segredos esbarraram em personagens poderosos para que não viessem à tona.

O cenário é o Porto de Santos.

O personagem oculto que paira sobre todas as ações se chama Michel Temer. Sobre quem, ouvindo distintas fontes ligadas ao terminal santista, a reportagem ouviu a seguinte sentença: “Não há nada do Porto de Santos que pode ser mexido sem que Temer não tenha influência ou poder de decisão. Qualquer questão, mínima que seja, tem a anuência dele”.

E o inquério policial que retrata o modus operandi de uma organicação criminosa tem número: 050.02.004472-0.

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Atual gestão da Eletrobras pagou quase R$ 2 milhões para que falassem mal da própria empresa

A Eletrobras pagou quase dois milhões de reais para ser mal falada. Sem licitação.

Tratada oficialmente como “desestatização” ou “democratização do capital”, a privatização da empresa, prioridade do governo de Michel Temer, recebeu um forte impulso em 20 de setembro de 2017, quando a estatal assinou com a RP Brasil Comunicações, do grupo FSB Comunicação, a maior assessoria de imprensa do país.

Objeto do contrato ECE-DJS 1252/2017, obtido pela reportagem via Lei de Acesso à Informação (LAI): “assessorar a Eletrobras na comunicação relativa ao projeto de acionista majoritário de desestatização da empresa”.

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“Amigos do Rei” (parte 2): transação entre Rodrimar e JBS/Eldorado começou com utilização de empresa fantasma

Foi usando uma empresa fantasma que começou a já célebre transação entre a Rodrimar e a Eldorado Celulose (JBS) abençoada por Michel Temer com a frase “vou ver o que posso fazer”. Em depoimento prestado à Polícia Federal horas depois de ser preso na última quinta-feira, 29, Antônio Celso Grecco, presidente da Rodrimar, afirmou que “montou a empresa Rishis para comprar uma área da empresa Estrada” (Estrada Transportes). Na sequência, a Rishis foi vendida para a Eldorado. No entanto, ao contrário do que afirmou no depoimento, Grecco não “montou” a Rishis.

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Amigos do Rei (parte 1): Dono da Rodrimar preso hoje abriu offshore nas Bahamas em pleno andamento da Lava Jato

Preso na manhã de hoje na Operação Skala que investiga o Decreto dos Portos, Antônio Celso Grecco pode ter dado um drible no rastro do dinheiro: um ano depois de pleno funcionamento da Operação Lava Jato e já investigado, o presidente da Rodrimar abriu uma offshore no paraíso fiscal das Bahamas. O movimento financeiro desta empresa foge ao radar da quebra de sigilo do amigo do presidente Michel Temer, homologada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso em fevereiro.

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Duas ou três palavras sobre jabuticabas, C-R-O-I-F-E e o “tatiquês” que abunda por aqui na análise do futebol

A maior jabuticaba da história do Brasil tem pronúncia, nome, sobrenome e pedigree dos mais nobres: Johan Cruijff.

De uso recorrente para nomear o que só existe por aqui, a pequenina fruta costuma batizar golpes, leis estapafúrdias e afins, só vigentes na terra brasilis.

Embora sabidamente holandês, foi por aqui que o mais famoso número 14 da história do futebol mundial ganhou algo que só existe por essas bandas. Uma verdadeira e inacreditável jabuticaba: de maneira unânime seu nome é pronunciado nesta parte do globo com uma sonora letra “O”.

Não há outro lugar do planeta em que se cometa tal desatino. Em que se tenha frutificado tamanha jabuticaba.
“C-R-O-I-F-E” se diz orgulhosamente no país das tomadas de três pinos. E do “Johan C-R-O-I-F-E”.

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Dunga processou o autor da reportagem. E perdeu. Juíza sobre a participação do ex-jogador na negociação: “Fato incontroverso”

Mesmo com a existência de documentos onde atestava o recebimento de R$ 407.384,08 e do recibo assinado pelo próprio Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, além do comprovante bancário de transferência do clube para a empresa do treinador (a “Dunga Empreendimentos, Promoções e Marketing ltda”), o treinador da seleção brasileira na copa de 2010 negou a participação. Ouvido então pela reportagem, afirmou “não ter participação alguma na venda dos direitos sobre o vínculo do referido jogador”.

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De guarda alta. Assim vai Bebeto. O cara que deixou o maior número de comentários nesta Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo

De guarda alta até o último dia. É a melhor imagem que tenho de Bebeto de Freitas nesse momento.

Muitos Bebetos podem ser exaltados e lembrados nesse momento.

O revolucionário do vôlei, a quem a modalidade deve e muito, muito mesmo, pela sua inquietude, capaz de mudar o curso da história e forjar a “Geração de Prata”, semente de tudo o que está aí. Ao lado de seu irmão de alma, inquieto como ele, Jorge Barros. O presidente que tirou o Botafogo do buraco. O multicampeão, o que é motivo de exaltação sempre.

Nada disso me ocorre agora. Afinal, técnicos brilhantes existem alguns por aí.

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Poupados no noticiário, donos do dinheiro roubado em Viracopos tem histórico de escândalos

Uma das notícias mais aguardadas do país tem passeado no pé das páginas do noticiário nos últimos dias. Morta, irrelevante, sem destaque.
Já no dia 6 de março, dois dias depois do roubo, o jornal A Cidade, de Ribeirão Preto, deu em primeira mão quem eram os donos do dinheiro, em reportagem grande, específica sobre o tema.

No entanto, o dono dos cinco milhões de dólares roubados no Aeroporto de Viracopos no último dia 4, foi citado no fim das duas reportagens que divulgaram o assalto na chamada grande imprensa.

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Presidência nega informações sobre comitiva momesca da Marambaia. Reportagem entra com recurso. Leia:

No último dia 10 de fevereiro, o avião presidencial levantou voo de Brasília. Destino: Cadim (Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia), uma base da Marinha na costa verde do Rio de Janeiro. Um paraíso de restrito acesso, localizado no lado oeste da Restinga de Marambaia.

Era sábado de carnaval. Nunca o frequente chavão “voo da alegria” foi tão apropriado. Inicialmente, o noticiário falou em 58 integrantes na comitiva da farra momesca de Michel Temer, Marcele Temer e Michelzinho. Diante da imensa repercussão com a dimensão da proporção do furdunço, a presidência anunciou que o número era demasiado. Que iriam apenas 40.

Num centro onde 320 militares vivem permanentemente para desempenho da segurança e dos serviços gerais, diante do espanto da nação com o tamanho da comitiva, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), se adiantou e comunicou que o número elevado se devia ao fato de que a equipe a acompanhar Temer no carnaval seria formada por “seguranças, médicos, enfermeiros, integrantes da comunicação e funcionários da cozinha da Presidência”.

Ainda assim o número parece extremamente elevado. Muito mais apropriado para um “Baile da Marambaia” do que para os serviços gerais da presidência. Tudo, obviamente pago pelo contribuinte.

Diante do histórico do presidente de acolhidas pouco usuais nas dependências palacianas, que vão desde visitas de Eduardo Cunha, fora da agenda, em 26 de junho de 2016, nas trevas do Jaburu, até outros tantos abaixo enumerados (ver “íntegra do recurso” abaixo), era evidente o interesse público e jornalístico de se saber quem fazia parte de tal comitiva.

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