Duas ou três palavras sobre jabuticabas, C-R-O-I-F-E e o “tatiquês” que abunda por aqui na análise do futebol

42 Resultados

  1. Pedro disse:

    Lembro de já ter lido em algumas colunas, e também de ter ouvido em programa de debates, que tinha gente que não sabia “ver” futebol. Imagino se daqui a pouco teremos que fazer uma prova para tirarmos uma carteirinha de torcedor e ser regularizados, como entededores do jogo! Hahahaha

  2. tony disse:

    Lúcio, acredito que seja, de maneira indireta, um posicionamento de comunicação.

    É quase que um contaponto a grade atual das tvs a cabo, que teve que se popularizar e brigar pela audiencia com temáticas de fofoca e de sensacionalismo pelo sensacionalismo, a discussao em alto tom de voz, mas profunda como um pires.

    Ai a richa que sempre existiu nas redações, se traduz em “programas separados por classe”, ainda que falem das mesmas coisas. Soma-se à humana batalha de egos que gera os “eu entendo mais de futebol do que você”.

    por isso a necessidade de “tornar tecnicista” algo tão imponderável, humano – e bonito! – como é o jogo.
    ótimos dias!

  3. Leonardo Castro disse:

    Como sempre, preciso. Já contei está história pro grande Mauro Cezar. Estava num churrasco com alguns amigos e o potente Márcio Araújo era o assunto. Lá pelas tantas, um soltou que ele era um “pivote”. Nunca ouvi o termo antes, então perguntei. O “sábio” disse-me que era um volante. Fiquei sem resposta quando perguntei-lhe por que não disse logo volante. Conversa segue e outro manda “time tal joga um futebol reativo”. Pronto, percebendo como meus amigos começaram a conversar sobre futebol, peguei minha cerveja em fui embora, pois estava pronto pra joga-la na cara do primeiro que falasse “o terço final”.

  4. Quando o São Paulo contratou o Cueva, perguntei no twitter se alguém conhecia. Recebi a seguinte resposta: “é um Deus do ataque posicional”. Até hoje, não entendi

  5. Haroldo Simoes disse:

    Excelente!!! Sou seu leitor.

  6. Ritmista é uma boa. Heheheh. Agora jogador terminal é nova kkkkk. Gostei do texto, traz uma discussão muito interessante sobre o papel do jornalismo de informar, ao utilizar um dialeto próprio pode realmente desinformar. Abraços.

  7. Renatão Gonçalves disse:

    Grande Lúcio!
    Lembrei-me de algumas pérolas aqui: a “linha alta” (pra se referir à marcação sob pressão, o adiantar do time); e o “jogo apoiado” (aproximação, dar opção pra tabelinha, 1, 2), que também não fica atrás na esquizofrenia do tatiquês.
    No mais, outro grande texto.
    Abraço!

  8. rodrigo gomes disse:

    “Triângulo da base alta.”- Ilustríssimo Professor Doutor Mano Menezes.
    Ora, se tem base alta é porque também a tem baixa, nesse caso o “triângulo” foi achatado e passa a ser chamado de trapézio! Hahaha. Sempre ótima leitura o Lúcio.

  9. Norton David Campos Bentes disse:

    Bom dia, Lúcio!! A cada leitura um novo aprendizado. Você nos força a botar o cérebro para trabalhar e não somente ser uma massa para preencher o cranio. Grato!!

  10. julio adler disse:

    Saldanha se divertiria muito com esse dilúvio de parábolas da imprensa esportiva.
    A grande qualidade dele era inverter a narrativa do Nelson Rodrigues, do extraordinário para o mundano, enfiando suas histórias que, de tão absurdas, até pareciam lembranças.
    Ele diria, talvez, que o comentário esportivo foi pro vinagre…

  11. Fausto Rêgo disse:

    Num futebol que já começa a adotar o papel de “ritmista”, até que um “agogô” cairia bem.

    • Aurélio disse:

      É, os meia armadores, agora estão sendo chamados de “ritmistas “.
      Primeira vez que ouvi, demorei pra entender!
      Kkkkk

  12. arthur muhlenberg disse:

    Lembrei de outro espetacular jabuticabismo da imprensa: o famoso mafioso siciliano Tommaso Buscetta, rebatizado para Busqueta quando foi preso no Brasil nos anos 70.

  13. Glaysson disse:

    Obrigado pelo belo texto!

  14. Adriano Bueno disse:

    Brilhante texto nobre Lúcio de Castro! Quanta falta vc faz na TV! Luz e paz, amigo! Abraços, do rubro-negro de Ourinhos-SP.

  15. João Almeida disse:

    Perfeito, Lúcio. Eu acho que o momento condiz com o assunto também: após o 7×1 o que surgiu de tatiquês foi surreal. Parece que fomos apresentados a tática no futebol após o juiz apitar o fim do jogo no Mineirão. É como disse: precisamos estar atentos com a evolução do futebol, mas, ao falar sobre isso, transmitir de uma forma clara, sem sofisticar e criar uma nova linguagem em cima disso. Os que utilizam o tatiquês parece que estão falando numa sala com analistas táticos, não com uma público imenso no sofá. Lembro-me de na faculdade de jornalismo assistir a uma aula de Filosofia com um professor que falava como se estivéssemos no terceiro ano de Filosofia, e não em jornalismo. Resultado: a sala inteira boiando e não entendo bulufas do que ele queria passar.
    Para não passar batido: não suporto ouvir amplitude, momento em que o time utiliza os extremos do campo, à uma alusão de “alargar” os jogadores no gramado, parece que estamos falando de física.

  16. Eduardo Sarmento disse:

    Jogador terminal é um termo que uso há tempos, mas com outro sentido. Rodrigo Pimpão, por exemplo, é um jogador terminal: toda jogada termina nele, seja com uma bica pra fora ou com um passe errado.

    Ótimo texto. Parabéns pelo blog.

  17. VINICIUS disse:

    Confesso que fiquei curioso. Quem são os jornalistas pais da jaboticaba Cruyff?

  18. Alexandre Lutfi disse:

    Perfeito como sempre, Lúcio! “Incisivo”! Hahahahaha

  19. Vinícius disse:

    E boa e velha retranca virou o atual futebol “reativo”.

  20. João Augusto disse:

    Futebol é simples. Mas o simples é muito difícil de ser percebido. Belo Texto!

  21. euran disse:

    Caro Lúcio, ótima seu texto. Aceitando seu convite, a título de lembrete, algumas pérolas do “Tatiquês”, que já é de uso comum nas TVs:

    um jogador quando vem driblando e perde domínio d a bola:” não soube gerenciar os espaços”
    quem pressiona a defesa quando está está saindo pro jogo faz uma “marcação alta”
    quem pressiona o jogador adversário que está com a pelota: esse “ataca a bola”
    Sds!!!!

  22. Wellignton Mariano disse:

    Fico imaginando você falando sobre seu escrete favorito, pensando no apronto e na regra de três que seu técnico pode usar pra melhorar o score do prélio. Você torcendo pro beque deslizar no relvado, o centro-médio lançar pro ponta de lança vencer o arqueiro e mandar pra baliza.

  23. EVERSON MARCUS VEIGA disse:

    Ritmista, pivote, jogo apoiado, jogo entrelinhas, jogo reativo, jogador posicional.
    E ainda tem o box to box que o Mauro Beting (brilhantemente) traduziu para todocampista.
    O “propor o jogo” foi lançado pelo Mano Menezes num Bem Amigos quando ainda era técnico da Seleção, lembro como se fosse hoje.

  24. Cássia disse:

    Tenho a impressão que os comentaristas falam para os seus pares, não para os torcedores. Eu adorava assistir aos programas de futebol, hoje não tenho mais paciência; assisto a uma coisa ou outra e curto muito mais o futebol.

  25. Arthur disse:

    Lúcio, acrescentando a lista de jabuticabas está a famosa fórmula de Bhaskara. Tem tatiquês até na matemática.

  26. VALMIR SILVA disse:

    EXCELENTE!!!!!!
    Nada mais que isso.

  27. Roby Porto disse:

    Ótimo texto como sempre. Pérolas que emburrecem por tabela e se transformam em falsos diplomas de modernidade. Não existe mais minutos de desconto ao fim de uma partida – como já nos ensinou com clareza seu pai. Mas no fim, quem não se comunica, se trumbica. Simples e direto.

  28. Marcelo disse:

    Minhas saudações antarcticanas, por favor

  29. Rafael Augusto disse:

    Uma boa também e que ainda preciso entender é o tal JOGO VERTICAL. Na minha ignorância, seria jogar pra cima???????

  30. Juliano Paes Nogueira disse:

    Só para citar mais algumas jaboticabas clássicas:
    – “Reconhecimento de campo”, para equipes que estão visitando um estádio pela primeira vez…
    – “Reverter o placar” de um jogo. Este eu tenho muita dificuldade em entender; é possível um jogo que está com placar de 1 a 0 voltar a ser 0 a 0?

    Ótimo texto!

  31. Ramon Diaz disse:

    O que eu mais gosto é o termo “flutuação”. É tão genérico e serve para várias situações futebolísticas. “Flutuação da linha defensiva do XV de Jaú no Torneio Rio-São Paulo de 1999”, excelente tema para monografia da Faculdade Federal da Cocanha.

  32. Carlos Vargem disse:

    Tem o famoso “bater campeão” repetido nas mesas das tevês a cabo.
    Fico pensando, “bater campeão” seria quebrar a cara do Mike Tyson?

  33. Bruno disse:

    Mas isso é só mais uma prova da arrogância dos jornalistas brasileiros. Na TV e no rádio se sentem como seres superiores que precisam decifrar o esporte para os fanáticos que não sabem o que estão vendo. O dever não é mais informar, mas sim esclarecer.
    É só ver as chamadas do Sportv. TODAS colocam o torcedor como palhaço, idiota, que muda de opinião a cada segundo.
    Mas o pior de tudo pra mim é o jornalista dizer “fulano não sabe dar passe de 3 metros” ou “ciclano não joga NADA” ou “tem que trocar esse por um que saiba futebol”. Isso falando de jogadores profissionais de times de ponta!
    Uma pena, e a geração de jornalistas que vem por aí, além de arrogante, é formada por celebridades estrelinhas das redes sociais. Não chegamos no fundo do poço ainda, podem ter certeza.

  34. Rafael disse:

    E o “um contra um” pra falar do drible?pra mim isso é a madrasta do tatiquês

  35. Bernardo disse:

    Como não lembrar do clássico jogo que foi “cheio de alternativas”?
    Tem também o jogador agudo.
    Mas o que eu não aguento mesmo é o tal “mapa de calor”. É até uma ferramenta útil, mas que nome…
    Como exemplos positivos tem o jogador garçom, que serve o companheiro, e o chuveirinho, que é o festival de bolas aéreas.

  1. 28/03/2018

    […] do episódio quando li o ótimo texto de Lúcio de Castro na Agência Sportlight. Mais um entre um bom punhado de outros que contestam os excessos na utilização de termos […]

  2. 09/04/2018

    […] com um debate muito bom proposto pelo excelente historiador e jornalista Lúcio de Castro em seu portal, pontuando ele sobre as impropriedades de uma seita que tem ganhado espaço na análise do futebol, […]

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